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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

talvez o primeiro decorador


Você sabe quem foi Charles Le Brun




Arquivo: Le brun.jpg
Charles Le Brun (Retrato de Nicolas de Largillière)


Charles Le Brun (1619-1690), nascido em Paris, França, foi um pintor, teórico e um dos primeiros decoradores da qual se têm registro.

Filho de um escultor que lhe ensinou a profissão, Charles revelou cedo sua vocação para a pintura, começando a trabalhar com um pintor local (François Perrier) aos treze anos. Seu talento chamou a atenção do Chanceler Pierre Séguier que o tomou para sua guarda e o levou em viagens para Itália, onde estudou grandes escultores e pintores italianos e conheceu Nicolas Poussin, seu mestre anos mais tarde.

De volta à Paris, recebeu várias encomendas de trabalho, entre elas a do Superintendente das Finanças de Luís XIV, Nicolas Fouquet, para quem realizou as esculturas dos jardins, as tapeçarias e a decoração interior do Palácio de Vaux-le-Vicomte.

Le Brun foi ainda nomeado Primeiro Pintor Real, diretor da Manufatora Real dos Gobelins (famosas tapeçarias francesas) e da mobília real e Chanceler vitalício da Academia Real de Pintura e Escultura, que fundou com outros onze pintores. Fundou ainda a Academia de França, em Roma, com o objetivo de formar e estimular o talento de jovens pintores e escultores.

Algum tempo mais tarde, Le Brun também foi responsável pela tranformação do Pavilhão de Caça de Luís III no Palácio de Versalhes, junto ao arquiteto Louis Le Vau e ao paisagista André Le Nôtre (criador dos "jardins à francesa"). Le Brun, realizou trabalhos na decoração e pintura na Escada dos Embaixadores, na Galeria dos Espelhos, nas salas da Paz e da Guerra e nos grandes apartamentos reais, constantemente inspirado na mitologia e na arte italiana e honrando sempre o Rei Sol - Luís XIV. Le Brun foi ainda o criador da Art Officiel, arte colocada ao serviço do poder e das grandes instituições.


Galeria dos Espelhos (Palácio de Versalhes)




Como teórico, escreveu o tratado A Expressão das Paixões (1663), no qual analisou os diferentes estilos e gêneros de pinturas, e Método para Aprender a Desenhar as Paixões (1698, edição póstuma), no qual descodificou, apoiando-se nas teorias de Nicolas Poussin, seu mestre na pintura, a expressão visual das paixões na pintura.


Quanto aos seus trabalhos, destacam-se ainda, a decoração da Galeria de Apolo (1663) no Louvre e os quadros O Retrato Equestre do Chanceler Séguier (1655-57), Alexandre e Porus (1673), Adoração dos Pastores (1690), Martírio de S. André (1647), entre outros.






Galeria de Apolo (Museu do Louvre)


Ficheiro:Salle des gardes de la reine-JUPITER ACCOMPAGNE DE LA JUSTICE ET DE LA PIETE.jpg
Teto da "Guarita da Rainha", com a pintura Júpiter acompanhado da Justiça e da Piedade


Ficheiro:Versailles Queen's Chamber.jpg
Quarto da Rainha (Palácio de Versalhes)


Créditos: